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Luz e escuridão da existência humana emergem em Jackie, solo inspirado na mulher e no mito Jacqueline Kennedy Onassis. Coreografado pelo português André Mesquita e interpretado pela brasileira Fabiana Nunes, este trabalho procura refletir a força de uma mulher quecarregou o fardo de um assassinato amplamente midiático e a perda de diversos familiares, mantendo-se visivelmente altiva e aparentemente resiliente.

 

Passados mais de 20 anos de sua morte, Jackie segue sendo uma referência feminina que transcende questões de roupagem e moda, inspirando comportamentos e ressoando um modelo peculiar da posição da mulher no mundo. Elegante, discreta e culta, moldada pela “aristocracia norte-americana”, o papel de Jackie foi muito além da “mulher por trás do presidente”. Sua história pública e privada, caracterizada por riqueza, traições, tragédias e recomeços inspirou escritores, artistas, mais de 30 biografias, peças teatrais, filmes... mas nunca um solo de dança.

 

Dez anos após ter assistido a encenação da peça teatral Jackie na Alemanha (de Godehard Giese, reconhecido realizador do país), o coreógrafo André Mesquita desenvolveu o desejo de concretizar um trabalho de interpretação e concretização do texto de Elfriede Jelinek através da dança.

 

O solo é livremente inspirado no monólogo de mesmo nome da autora austríaca Elfriede Jelinek, que compõe a obra “Prinzessinnendramen” (“Dramas de Princesas”) juntamente com outros 4 monólogos que retratam a vida de princesas, sejam estas fictícias, reais ou denominadas como tal por conta do papel que exerceram no mundo, como é o caso de Jackie.

 

Jackie foi uma mulher acima da definição de “bela, recatada e do lar” que investiu na sua originalidade, e soube transitar pelas questões que rodeiam a mulher contemporânea ressaltando aspectos como: fragilidade, força, autoridade, feminilidade, ponderação e ousadia.

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